Marraquexe: A cidade dos sons e aromas exuberantes!
15/09/2017Diversa, colorida, Marraquexe é uma cidade onde a agitação das suas movimentadas ruas se mistura com os sons e aromas exuberantes das especiarias.
O seu ritmo é inebriante seja qual for a altura do ano em que quiser viajar até lá.
Não é por acaso que Marraquexe talvez seja a cidade que recebe mais turistas de viagem a Marrocos. Todas as ruas de edifícios vermelhos da medina conduzem locais e viajantes à praça Djemaa el Fna. Não existe local mais místico do que este. Os encantadores de serpentes e os contadores de histórias fascinam aqueles que procuram animação e comida nos restaurantes.
Em Marraquexe, não perca também os souks (mercados de rua), os museus, os jardins e a mesquita Koutoubia. Isto tudo depois de dar longos passeios em todas as ruas que conseguir e for capaz.
Situada no sudoeste de Marrocos, na base da cordilheira do Atlas, Marraquexe, eleita “Melhor Destino Turístico de África” nos World Travel Awards 2015 e nomeada com o mesmo título em 2016, também conhecida como a “pérola do Sul” ou a “porta do Sul”, é a terceira maior cidade daquele país, a seguir a Casablanca e Rabat.
A origem do seu nome está no berbere mur (n) akush, que significa “Terra de Deus”. Fundada pelos almorávides em 1062, foi capital do império islâmico e atualmente está dividida em duas partes: a Medina e Guéliz.
Medina é o distrito histórico, a cidade velha de Marraquexe, antiga capital do reino de Marrocos; e Guéliz ou Ville Nouvelle, o distrito europeu mais moderno.
Medina é caracterizada pelas suas ruas estreitas e lojas com elevada cultura marroquina. Em contraste, no elegante bairro de Guéliz estão situados as cadeias de fast food e lojas de marcas europeias, assim como os hotéis de luxo, novos edifícios comerciais, bares e os restaurantes da moda, onde se destaca a culinária contemporânea, sobretudo de influência francesa.
Ligação com as tribos berberes Fundada no século 11, Marraquexe teve tempos de apogeu, como a ocupação moura na Península Ibérica, alternados por guerras e invasões. Até os anos 1950, o Marrocos sofreu a influência de colonizadores espanhóis e principalmente franceses, que ainda dominam o país cultural e economicamente. Por outro lado, um traço marcante da cidade é sua ligação com as tribos berberes, como são conhecidos os povos nómadas do interior. Com um milhão de habitantes, Marraquexe é uma das metrópoles mais emblemáticas do Magreb, que compreende toda a região de domínio cultural muçulmano no norte da África. Um traço marcante da cidade é o seu trânsito frenético de motocicletas, carros velhos e carroças que obriga os visitantes a terem muita atenção ao andar nas ruas e até pelas calçadas. Por outro lado, oferece tranquilos refúgios em praças e parques, onde os marroquinos, muito conversadores, se encontram para colocar as conversas e os assuntos em dia.
A “cidade vermelha” Largamente conhecida com a “cidade vermelha”, devido à cor da sua arquitetura, Marraquexe tem como monumentos mais conhecidos a Mesquita da Koutoubia, os Jardins da Menara, o Palácio Bahia e o Palácio Badii, os Túmulos Saadis, e muito outros.
Marraquexe vale pela experiência de poder explorar os seus imensos mercados chamados de souks. Aqui pode comprar um pouco de tudo, incluindo o variado artesanato marroquino, roupa e lenços, comidas e especiarias. A arte de bem negociar os preços é exigida e faz parte da tradição de comercialização do mundo árabe.
No centro da parte antiga da cidade de Marraquexe em Marrocos há a famosa Praça Jemaa el-Fnaa. Aqui, nesta zona de Marraquexe protegida pela UNESCO e incluída no Património Mundial da Humanidade, há um espetáculo de músicos, dançarinos, encantadores de serpentes, domadores de macacos, acrobatas, contadores de histórias e jogos para divertir os visitantes, uma folia que acontece já há muitos séculos, pois esta parte da cidade sempre recebeu muitos estrangeiros mesmo durante as trocas comerciais de camelos das caravanas sub-saarianas. Faça uma visita a um Hammam marroquino, um banho público. Dê grandes passeios na Praça Jemaa el Fna e veja os artistas, especialmente os músicos. Beba um sumo de laranjas acabadas de espremer. Aproveite o terraço de um riad (casa de hóspedes) para ouvir o Almuadem do anoitecer a chamar para a última oração do dia.
O que visitar em Marraquexe
Praça Jamaa el-Fnaa
Este exótico local data do século XI e é aqui que encontrará toda a loucura e folia que a cidade representa. Domadores de macacos, músicos de rua, encantadores de serpentes, tatuadoras de henna, dançarinos, acrobatas, restaurantes, carroças com burros, motas em milhares de pessoas. Faça uma visita especialmente a uma 6.ªfeira ou sábado à noite.
Medersa Ben Youssef
Este bonito madraçal do século XVI é um dos mais bonitos de Marrocos. Esta faculdade islâmica do século XII foi mandada construir pelo sultão Ali ibn Yusuf de Marrocos Pode entrar e visitar já que é neste momento um museu. Pode visitar as antigas camaratas dos alunos, a zona de estudo e o impressionante pátio central. A estrutura atual desta escola corânica foi construída em meados de 1570 e restaurada em 1950.
Mesquita da Koutoubia
É o monumento mais famoso e mais fotografado de Marraquexe. Foi construída no século XII e serviu de modelo para a Giralda de Sevilha e da Torre Hassan em Rabat.
Palácio Bahia
É um lindo e extravagante palácio do século XIX, construído para ser o melhor de Marraquexe. Tem um enorme jardim, um pátio central e várias salas incrivelmente decorados com trabalhos de artesãos que vieram de propósito da cidade de Fez para trabalhar. Contém vários jardins e pátios centrais, e tem 150 quartos luxuosamente decorados. Dê especial atenção aos tetos de madeira em algumas das salas do palácio.
Jardins Majorelle
É o único jardim botânico de Marraquexe. Foi projetado pelo artista Jacques Majorelle e pertence a Yves Saint-Laurent e Bergé Pierre desde 1980. Aqui pode desfrutar de um maravilhoso jardim com flores exóticas de vários lugares do mundo. Os jardins têm plantas exóticas e espécies raras que o pintor ia trazendo das suas viagens à volta do mundo. Em 1937, Majorelle criou o “azul Majorelle”, um intenso azul cobalto, com que pintou as paredes da sua casa e terreno. Todo o jardim parece um quadro.
Túmulo Saadiano
Estes túmulos do século XVI foram mandados construir por Ahmad al-Mansur e há um mausoléu com os corpos de cerca de 60 membros da Dinastia Saadiana original do vale do Rio Draa mais ao sul do país. Curiosamente, os túmulos só foram encontrados em 1917 e é um dos monumentos mais visitados da cidade.
Nem álcool, nem carne de porco
A cozinha do povo marroquino é fortemente influenciada pelas suas crenças religiosas. Ou seja, sendo um país islâmico, a maioria dos restaurantes não serve álcool nem carne de porco, já que são proibidos. Mas durante a sua estadia em Marraquexe não sentirá falta deles. Poderá encontrar ótimos pratos nas bancas de comida de rua, por exemplo na praça Jamaa El Fna. Não receie comer nestas bancas de rua, como fazem os locais, já que estas são controladas pelo governo marroquino para garantir a sua qualidade.
Evite beber água da torneira. Opte por água engarrafada, que poderá encontrar nos mercados, quiosques e restaurantes, e verifique que a tampa não foi já aberta, pois é habitual os marroquinos encherem as garrafas com água da torneira. Também deve evitar o gelo nas bebidas.
O que visitar
Chafariz chrob ou chouf
Chafariz do século XVII localizado perto da Mesquita Ben Youssef, no coração da Medina de Marraquexe, foi mandado construir por Ahmed el-Mansour (1578-1603).
Mesquita Pommes d’Or
É um edifício religioso construído no século XII sob o reinado do sultão Yacoub El Mansour. Esta mesquita está localizada junta da porta Bab Aguenaou.
Bairro de Mellah
É o bairro judeu de Marraquexe. Aqui encontrará uma zona diferente da cidade, e que faz ainda parte da medina antiga da cidade. Há muitas lojas de especiarias e estilo de arquitetura um pouco diferente do resto da cidade. Pode visitar a Sinagoga Salat Al Azama e o Cemitério Judeu.
El Badi Palace
Antigo palácio em ruínas datado do século XVI. Este é um dos lugares ideais para ver o pôr-do-Sol em Marraquexe já que se pode conciliar o céu de cores quentes com as muralhas do palácio e os inúmeros ninhos de cegonhas ali existentes.
informações
Moeda: Dirham (1€ = 10,75 MAD). O dinheiro pode ser trocado em aeroportos internacionais e bancos. São aceites Visa, Eurocard e American express.
Idioma: Os idiomas oficiais são o árabe e o berbere. Apesar da língua estrangeira mais praticada ser o francês, há muita gente que fala um pouco de espanhol. Nas zonas mais turísticas há quem fale inglês e algumas até já falam em português.
Documentos: Passaporte. Os cidadãos portugueses não necessitam de visto.
Fuso horário: No verão: + 1h; No inverno: igual a Portugal
Clima: O clima é semiárido. Entre abril e outubro, a temperatura ronda uma média de 31ºC. Entre novembro e março as temperaturas não são tão altas podendo atingir os 12.ºC. Marraquexe é procurado por turistas essencialmente nos meses de julho e agosto.
É bom saber! O acesso às mesquitas e lugares sagrados é geralmente interdito a não muçulmanos. Recomenda-se a consulta a um guia local ou pedir informações nas receções dos hóteis. Não é aconselhável comer, beber ou fumar em público durante o período do Ramadão, que no ano 2016 decorrerá aproximadamente entre o dia 7 de junho e o dia 6 de julho.
A não perder! Poderá explorar as montanhas da cordilheira do Alto Atlas através de um passeio de camelo. A não perder o rio Ourika, o vale Draa Riverperto do deserto do Sahara, e as quedas de águas Beni Mellal.
Vestuário: Visto que está numa cidade muçulmana, evite blusas muito decotadas, shorts e saias muito curtos e tenha um lenço sempre à mão, pois poderá servir tanto para esconder um decote como colocar na cabeça quando visitar alguma mesquita.
Água: Para consumo é aconselhável beber água engarrafada. Evite a água dos rios e dos vendedores ambulantes.